A propósito do Dia Internacional da Felicidade, recebi um artigo da psicóloga e coach da Clinic4You, Dra. Anabela Vitorino Costa, para partilhar com vocês.
«Perguntaria... não fará sentido pensarmos todos os dias no que podemos fazer para estarmos (mais) felizes? Todos os nossos dias são feitos de escolhas, podemos escolher pensamentos e ações, que nos permitam sentirmo-nos bem, (ou melhor do que antes) ou sentirmo-nos mal.
É comum nas sessões de coaching o cliente sugerir como objectivo pessoal "ser feliz". Certamente. Todos queremos sê-lo. Esse é um estado. Um sentir. Um propósito na vida. Para o qual interferem inúmeros aspectos, internos (fisiológicos, de personalidade, crenças) e externos (de vida, de contextos, de situações vivenciadas).
No encontro com a felicidade o mais importante é ajudar a pessoa a compreender / a ver dentro de si o que define essa felicidade, o que a permite/permitiria sentir-se feliz, o que a impede de o ser e o que poderá fazer para fazer as pazes com a sua felicidade. A felicidade, sendo um "estar", encontra-se. Dentro de si. Os pensamentos estão associados a estados emocionais. Pelo pensamento poder-se-á promover ou inibir sentimentos de bem-estar e felicidade (daí cada vez mais se falar em poder da mente). Contudo, o pensamento apenas, o pensamento positivo, não chega. A mudança faz-se sempre pela ação. É no agir, no fazer diferente, no tentar, na persistência, que se poderá alcançar um novo estado, de sentir. Então, há que estar atento aos pensamentos: quais são os pensamentos que tenho mais frequentemente? Que tipo de pensamentos? O que me dizem? O que dizem de mim? Perceber, de seguida, que tipo de sensações deixam os pensamentos? Sensações agradáveis ou desagradáveis? Passar à ação ! O que posso mudar? O que quero mudar para me sentir melhor? Como está a minha vida nas várias esferas: pessoal, (eu; família), profissional, financeiro, social, do propósito de vida. Estas serão as primeiras reflexões. Depois, há que seguir um plano. Ir em frente. Mudar de atitude. Pelo caminho toma-se consciência dos medos e das resistências. Mas há também a oportunidade de tomar consciência das forças que cada um tem dentro de si para persistir no seu bem-estar e felicidade.
As estratégias para se sentir bem dependem sempre de cada um, poderá ajudar fazer um inventário de todas as coisas que o fazem sentir bem e do que gostaria de fazer para se sentir mais realizado na vida. Interagir com outras pessoas, seja socialmente, num grupo de amigos, ou em grupos formais sociais, culturais ou outros com que se identifique com o propósito do grupo; interagir com a natureza (ex.: caminhadas, desportos); ouvir música, cantar, dançar; realizar actividades que dêem prazer. Perceber o que se gosta. Atrever-se! Fazer. Por outro lado, é importante compreender também que todos os percursos de vida implicam crises em determinados momentos, crises de desenvolvimento ou crises circunstanciais, e que nessas é suposto a pessoa não se sentir "feliz", poderá surgir o desânimo, a tristeza, a depressividade, a revolta, a desilusão, ou mesmo a apatia. Muitas vezes estes momentos transferem-se em momentos de crescimento pessoal, de mudanças de vida, de circunstância, de características de personalidade, tornando-se também oportunidades da pessoa se aproximar mais do que verdadeiramente a "fará feliz", conhecendo-se melhor a si mesmo. Talvez não sejam momentos para se sentir feliz, mas para o poder vir a ser com maior veracidade. Ainda assim, todos os dias, em qualquer momento do dia, a pessoa pode parar, concentrar-se na respiração e perguntar: "o que posso fazer para me sentir melhor, mais feliz, neste momento?"».
A Dra. Anabela Vitorino Costa é coach na Clinic4You, em Coimbra, aqui estão os contactos:
Urbanização Quinta das Lágrimas
Rua António Gonçalves
Lote 1B – Loja 9
3040-373 Coimbra
Telefone: 239440184